Jubiabá, de Jorge Amado,
adaptado pelo Spacca.
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No meu último post,
escrevi sobre a história das adaptações literárias para quadrinhos.
Hoje, vou concluir o assunto apresentando
a nova safra de adaptações.
Lima Barreto, adaptado por Ronaldo Antonelli e Francisco Vilachã |
Em termo de editora, a Escala Educacional deu inicio a esse
tipo de material em bancas e livrarias, lançando, e 2005 a série Literatura
Brasileira em Quadrinhos. Hoje, várias escolas do Brasil trabalham com esse material.
Podemos dizer que a aconteceu em 2006, com um
álbum chamado Domínio Público, que pegou vários escritores nacionais, já com a
obra em licença aberta e foi adaptada de forma magistral, pelos seguintes nomes: João Lin, Guazzelli, Jarbas Domingos, Samuel Casal,
Klebs Sales e Mascaro. A organização e coordenação foram realizadas pelo
Mascaro e João Lin. Esse álbum foi feito de forma independente, com uma lei de
incentivo à cultura do Estado do Recife.
Até mesmo Gabriel Bá e Fábio Moon fizeram a sua adaptação do romance de Machado de Assis, O Alienista, em 2007. Um ano depois, tivemos o mesmo texto adaptado, agora por Luiz Antônio Aguiar e
César Lobo, roteiro e desenhos respectivamente.
Bom, foi interessante contar um pouco dessa história sobre as adaptações literárias pra quadrinhos, e não acabou aqui. Tem muitas obras que estão esperando pra ser ilustrada ou contada de outra forma, como foi o caso do O Alienista. Mas o mais importante é que os quadrinhos podem sim, ajudar a forma novos leitores pra "grande" literatura. Todos nós, profissionais desse setor, lemos esses livros e muitos outros e como já tinha escrito num post anterior, foi graças aos quadrinhos que me tornei um leitor voraz e um nerd. E, hoje em dia, muitas pessoas olham com nojo pra clássicos da literatura e muitos professores apregoam que os jovens não gostam de ler, que preferem internet a uma boa leitura. Nada mais errado, pois estão aí a saga Harry Porter, Crepúsculo e a brasileira Talita Rebouças que não me deixam mentir.
As adaptações literárias para quadrinhos nunca poderão substituir o material original, mas sim, funcionam como um ponto de partida para que as pessoas, possam, aos poucos, descobrir as fontes de inspiração de seus roteiristas favoritos.
Até a próxima.
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