Barra de abas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Quadrinhos Nacionais

E tudo começa aqui...
    Os quadrinhos nacionais estão vivendo uma ótima fase! Cada vez mais material, qualidade crescente, eventos e apoio nos mais diversos setores da sociedade.
Uma ótima adaptação de um clássico da literatura portuguesa

Antes, os quadrinhos eram consideradas subleitura e havia até um dossiê elaborado por pedagogos do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), de 1944, que garantia que os quadrinhos formavam mentes preguiçosas.
    Hoje, vemos que os quadrinhos incentivam a leitura, ajudam muitas pessoas a terem contato com grandes clássicos da literatura, sejam nacionais ou internacionais.
    Como escrevi no início, temos quadrinhos para todos os gostos, formatos, públicos e o caramba a quatro. Humor, terror, erotismo, heróis, anti-heróis, biografias, adaptações, mangá-jins... enfim, temos de tudo. E com qualidade cada vez maior, mas, infelizmente, ainda temos pessoas que acham que não, que o brasileiro não faz bons quadrinhos, bons mesmo são só os que vem de fora, mas é esse mesmo tipo de pessoa que fala mal de outros aspectos da produção cultural nacional: cinema, música, futebol e qualquer coisa que nós produzimos (na minha opinião, são pessoas que se mordem com o sucesso; mas isso é para outro dia).

Um fanzine com a estética mangá
    Ainda me lembro quando ia nos parcos eventos de quadrinhos, uns poucos gibis, feitos em gráficas rápidas ou por uma editora de algum parente dos autores que bancavam a produção. O que se tinha, em grande quantidade, eram os fanzines - que era revistinhas feitas em xerox, vendidas de mão em mão, visando apenas bancar a próxima edição, sem lucro nenhum. Ou, o que muitos faziam, troca de zines. Eu mesmo fiz vários, mas nunca passaram do primeiro número.
    Hoje não! Graças a tecnologia, o custo de se produzir uma revista caiu muito. Antes 1000 revistas saim próximo a uns R$15 mil. Detalhe, revista preto e branco, papel jornal. E não tinha garantia de venda. Hoje, a mesma tiragem, no mesmo formato, gira entre R$700 a R$1000. E ainda temos a internet, lar de vários quadrinhistas. Montou um blog, tem uma conta numa rede social, divulgou, pronto! Mais uma HQ que ganha a luz. Ou seja, só não faz quadrinhos quem não quer. E graças a Deus tem gente querendo.

    E ainda temos os eventos. 2011 foi o ano dos eventos no Brasil, pelo menos um evento de médio-porte por mês, fora os eventos grandes - como a Rio Comicon e o FIQ. Detalhe: o 1º evento de quadrinhos no mundo foi em 1951, no dia 18 de junho; realizado aqui no Brasil, e os organizadores foram Jayme Cortêz, Syllas Roberg, Reinaldo de Oliveira, Miguel Penteado e Álvaro de Moya. Voltando ao presente, todos os eventos no Brasil do ano passado, tiveram espaços destinados para os gibis brasileiros, seja por uma editora ou uma produção independente.
    Eu poderia dar várias nomes do que eu julgo bom, mas seria injusto pois tem gente que eu não vou me lembrar... por isso, ai estão os links do material. Vale a pena dar uma olhada, tem material muito.
    Leia, curta, divulgue o quadrinho nacional! Mas continuem lendo o material que já estão lendo, mas deem uma oportunidade para o nosso querido gibi!
    Os links a que me referí lá em cima: Monotipia, Quarto Mundo, Petisco, Fayve Studio.
    Até a próxima!

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