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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Videogames e seus muitos Nerds



Levando em conta que a indústria de jogos eletrônicos já superou a cinematográfica em termos de lucros totais, é natural se perceber uma forte efervescência na subcultura relacionada a ele, com imensas comunidades formadas por vezes em torno de um gênero ou até um único jogo.



Dois exemplos disso se dão com o jogo-fenômeno Minecraft, que provavelmente teve sua convenção sendo a primeira focada em um único jogo que naquele momento nem sequer havia lançado ainda sua versão finalizada e a mais conhecida e ainda cultuada anualmente E3 (Electronic Entertainment Expo), onde os gigantes da indústria revelam seus novos lançamentos de jogos e hardware pro futuro próximo e não-tão-próximo, para gerar interesse dos jogadores e investidores.


Outro tipo de evento relacionado a jogos que é praticamente uma definição atual (e estereotipada ao extremo) do nerd de videogame é a chamada LAN Party, que consiste numa reunião, por vezes até expontânea, de pessoas que levam seus computadores interconectados em um mesmo espaço (LAN = Local Area Network = Rede de Área Local) para jogarem uma infinidade jogos, com eventos do tipo acontecendo nos EUA, Brasil, Espanha, Canadá, Inglaterra, entre muitos outros e com muitos jogos dos mais variados tipos, contanto que possuam funcionalidade para serem jogados por várias pessoas simultaneamente. O maior desses eventos no mundo se chama DreamHack e é realizado na cidade de Jönköping, Suécia. Curiosamente, esse evento começou como uma mera reunião de amigos para jogarem juntos no porão da escola primária onde estudavam no início dos anos 90, cimentando suas origens nerds, sendo que seu recorde atual de participantes já ultrapassou a marca dos 20.000.

Com esses esparsos exemplos da difusão do que era normalmente considerada uma subdivisão de uma subcultura menor dentro do que consiste da cultura de massa mundial, chegamos mais próximos a um ponto crítico onde se deve perguntar o quão nerd isso realmente ainda é, se uma das definições clássicas do termo é justamente um tipo de interesse obscuro e impopular compartilhado por poucos.

Quanto mais e mais o fenômeno dos jogos se espalha na cultura de massa, mais perto chegamos da resposta à seguinte pergunta: “Até que ponto ainda somos nerds por jogarmos videogame?”

Mais importante na minha opinião é: “Isso importa?”

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